Lolita Barbara Deamo (Dra. Abelhinha)
Foi muito marcante o dia em que eu estava recebendo treinamento pelo Grupo Caminho da Alegria de Jundiaí (Agosto de 2007) e a coordenadora deste grupo (Telma) informou que a espiritualidade já estava presente conosco e o projeto de levarmos este trabalho para Guarulhos se realizaria.
Acredito que o Circulo do Riso surgiu como uma missão e, assumida esta missão na espiritualidade, foi possível desenvolve-lo com o apoio de cada integrante que doou-se de coração e a todos que fazem parte dele.
A amizade que reina no grupo torna-nos como verdadeiros irmãos unidos pelos laços espirituais em prol de um objetivo comum: doar-se sem querer receber nada em troca, só a simples satisfação de ser útil levando a um irmão necessitado, um pouco de nossa energia, alegria e solidariedade.
Roberta Costa (Dra. Joaninha)
O que dizer do Círculo do Riso, são tantas emoções ! É um trabalho sério, é um desafio a nós mesmos, pois quebramos barreiras, nos surpreendemos quando " um dia" pensávamos em fazer o bem, esperando um retorno, grande ilusão, como nos ensina e muito bem a frase ... "Fazer o bem, sem olhar a quem"...sem esperar agradecimentos, isso sim é o verdadeiro sentido do trabalho voluntário. Esse trabalho, envolvimento, terapia que tenho com o Círculo do Riso me faz lembrar que também sou frágil, também sou um ser humano e por isso mesmo, cheio de falhas. Nesses anos de trabalho, encontrei amigos verdadeiros, família que mesmo com a distancia de alguns momentos, está sempre junto. Só tenho que agradecer a oportunidade e quero por muitos anos, ainda fazer parte dessa família. Obrigada de coração!
Viviana Molero Barriga (Dra. Ta Curada)
O trabalho do Círculo do riso representa para mim, poder levar energia positiva para as pessoas através de conversa, música e "palhaçadas". Também representa para mim a percepção do "pouco" que levamos que pode ser "muito" para as pessoas que nós encontramos, além do "muito" que temos diante da fragilidade do ser humano e da vida!
Raimundo Souza (Dr. Tointoin)
Ser o Dr. Tointoin é sentir a magia que a vida proporciona através de oportunidades como essa. Levar alegria e música para lugares tão carentes de atenção, onde a dor é a protagonista destes ambientes, é sintonizamos com um mundo mais justo, cheio de esperança e conforto espiritual! São experiências como estas que servem de alento para nossas próprias dores, as quais não existem diante daquilo que enxergamos em nossas visitas. A felicidade não é deste mundo, mas podemos contribuir com um pouco da nossa energia, amor e sensibilidade ao nosso próximo, para fazermos deste orbe, um mundo mais fraterno. Fatos marcantes em nossas visitas é recorrente, pois sentir a emoção de nossos irmãos, cada qual a seu modo, nos dá a certeza de que a solidariedade precisa verdadeiramente de seu espaço em nossa sociedade, para que haja uma transformação positiva na psicosfera de nosso planeta.
Paulo Nei Ladislau (Dr. Alergico Dipirona)
Fazer o bem, sem olhar a quem...algo que nos marca muito quando de fato, passamos a entender a essência do trabalho, isso me despertou e também os trabalhos que fazemos com as crianças.
Priscila de Jesus (Dra. Tá-Bela)
Fazer parte do Circulo do Riso, (essa família de palhaços), é uma diversão, uma alegria, uma emoção, um aprendizado constante. Muitas pessoas que conheço e que admiram este trabalho comentam que não se sentem preparadas para fazê-lo, que não suportam a dor alheia, etc, etc, etc. O que tenho para dizer a essas pessoas e o que digo a mim mesma é que eu sou o outro lado da moeda, a tristeza, a doença, a solidão, àqueles a quem visitamos já conhecem, eu tenho a oportunidade de mostrar, o riso, a alegria. O que sinto a cada visita que faço é que aquilo que estou doando é muito pouco em relação ao que recebo, (sorrisos, alegria, estar com amigos), tenho a oportunidade de aprender, contribuir e sair do meu pequeno mundinho. Acredite, as coisas estão tão próximas de nós que nem nos damos conta de que elas existem, aliás, a dor humana está a todo momento ao nosso lado, e nós podemos contribuir com um pouquinho que seja para transformar o mundo em um lugar melhor, através da nossa mudança de atitude em relação a nós e aos outros. Dois fatos marcaram-me profundamente: O primeiro foi o caso de um bêbe que se encontrava totalmente imóvel em seu leito e quando começamos a fazer bolinhas de sabão, tocar e cantar, ele abriu os olhos, sorriu e começou a brincar conosco. Todos que estavam no quarto ficaram maravilhados com o ocorrido. O outro fato, foi quando visitamos a psiquiatria de outro hospital e eu me deparei com uma moça muito linda e muito jovem neste local. Aquilo tocou-me profundamente e eu pensei comigo mesma que poderia ser qualquer um de nós nesta condição e a vontade de aproveitar cada minuto e fazer o bem como forma de agradecer a vida por tudo o que possuo tornou-se mais intensa. A primeira coisa que devemos ter em mente quando nos colocamos para fazer algo é que somos nós os maiores beneficiados, não devemos esperar retribuição alguma, pois não existe recompensa maior do que o prazer de sentir-se útil.
Nadja Aparecida A. Valentim (Dra. Tulipa)
A princípio foi meio que uma fuga, agora percebo que não consigo ficar sem, me sinto nua sem a cara pintada e o nariz vermelho. Tinha a visão de auxiliar e levar um pouquinho de alegria para aqueles avozinhos e criancinhas, grande engano.....recebo muito mais do que dou, acho que o fato que mais me marcou, foi a primeira visita no HMC (Hospital da criança), morria de medo da sensação, se ia gostar, saber me comportar na frente delas, mas não aconteceu nada disso, me senti muito bem amparada pelos meus amigos, me senti super acolhida, tanto é que fiquei viciada e não consigo mais ficar longe deles e da minha família de palhacinhos.
Gustavo Antonio Fiorin de Ricio (Dr. Rabisco)
Sempre carrego papéis e lápis coloridos comigo durante as visitas, afinal, o próprio nome já diz "DR. RABISCO". Durante uma visita no HMU, na ala da observação, muito lotada naquele dia, eu e o Dr. Jojo band-aid entramos numa sala mais reservada, onde estavam alguns pacientes mais quietinhos, e foi nessa sala que encontramos a dona Angelina. Uma senhora de 72 anos, viúva, que estava internada por conta de uma forte depressão, após a morte de sua filha, com 50 anos. Dona Angelina nos contou com muita delicadeza sua história, como criava seus filhos, e que um deles, era artista plástico, como o dr. Rabisco. Durante aquela conversa, tanto o dr. Rabisco como o dr. Jojo band-aid, se emocionaram e entre muitos olhares e conversas, encontraram uma forma muito delicada de presentear dona Angelina. Dr. Rabisco pediu ajuda do dr. Jojo band-aid, e eis que, depois de alguns rabiscos, desenhou uma linda flor, sorridente e viva. Essa flor foi dada a dona Angelina com a seguinte condição: ela só ficaria sorridente, e viva, se todos os dias a dona Angelina prometesse sorrir para ela também, e com esse sorriso, perceber que tudo o que tem que acontecer, acontece e que a nossa vida é assim mesmo, cheia de altos e baixos, de sofrimento, mas também é cheia de felicidade e de muito amor, e é isso que precisamos manter. Dona Angelina segurou o desenho em seu coração e prometeu, garantiu essse sorriso. Esperamos que isso tenha ajudado ela a se recuperar, e que aquela flor esteja ainda muito sorridente, para sempre.
Gabriela Bernardes Rorato de Souza (Dra Fanikita)
Sempre senti a necessidade dentro de mim de fazer algo mais, de trabalhar, de me doar pelo próximo. E no Círculo do Riso encontrei exatamente o que eu precisava, o que eu buscava; preenchi o vazio que dominava o meu coração. Como é bom ver um sorriso no rosto de uma pessoa que se sente triste, desanimada, cansada. A cada visita percebo que eu recebo muito mais do dou, percebo o quanto volto renovada para casa e o quanto ainda tenho a aprender e superar na vida.
Lucimara A Silva (Dra Aspirina)
São tantos mas teve um que me marcou. Cheguei num quarto e tinha um menininho triste comecei a conversar e a fazer brincadeira, percebi que o copo de leite e o pacotinho de bolacha estavam ali do lado sem tocar e durante a brincadeira ele comeu toda a bolacha e tomou o leite. E sua mãe me agradeceu e disse que ate então ele não tinha levantado e também não quisera comer nada. Sai do quarto muito feliz por ter ajudado ele se alimentar. E após visitar outro quarto eis que eu o encontro no corredor procurando os palhaços com um lindo sorriso. (Isso não tem preço)
Marcelo Assayoshi Kotinda (Dr Sushi)
Um fato importante foi a primeira visita no HMC, estava nervoso e ansioso. Mas ver o sorriso das crianças não tem preço. E a sustentação do grupo ajudou muito.
Kelly Cristina Aguiar (Dra Keka)
A Marina Vitória foi minha maior vitória, os médicos desenganaram mas ela sobreviveu e foi adotada.
Fernanda de Oliveira Nascimento (Dra. Chiketosa) - ex integrante
O trabalho no círculo do riso representa muita alegria, é a oportunidade de conhecer pessoas e histórias da vida real .Um fato marcante na minha opinião foi a nossa festa de aniversário em 2011, foi um momento de descontração com as famílias e de muita alegria. Neste grupo eu conheci amigos verdadeiros que estarão comigo por toda vida!